terça-feira, 15 de abril de 2008


Projeto

GRUNI-HÚ

na TV

Curiosidades Gerais.

A VILA DAS CORES é assim, um pequeno bairro colorido pelos seus moradores. Mas essas “cores” condensam muitas coisas que eles não sabem, uma energia toda especial. A família de Hugo reside lá há muito tempo; Hugo nasceu lá e Ana Paula chegou muito pequenina. E desde que chegaram, os Pompéia já sentiram o peso do vizinho da esquerda, o Seu Adamastor, que já ali começara a reclamar do barulho dos vizinhos, quando ainda estavam construindo sua casa. Desde então, o velho ranzinza já morava sozinho. Falam, inclusive, que assim sempre foi porque ele não suporta ninguém – ou ninguém o suporta, algo assim. O pequeno Hugo sempre apronta muito, fazendo barulho no quintal, o que sempre irritou o vizinho zangão. São coisas assim que fazem com que Ernesto e Luana tenha opiniões diferentes em diversos aspectos acerca da educação do filho; entre eles, televisão talvez seja o principal. Quanto à Ana Paula, Ernesto é desencanado, ao passo em que Luana detém muita preocupação. Entre coisas mais sérias, ela na quer ser chamada de “ultrapassada” pela filha. Medo de ficar velha, enh! Luana não trabalha fora, mas nem sempre está em casa; dentre suas invenções para ajudar no orçamento familiar, ela vende algumas coisas, o que a tira vez em quando de casa. Nesse meio tempo, muitas vezes Ana se aborrece, quando tem que ficar com o pequeno. E olha que, na verdade, Hugo não se importa nenhum pouco em ficar sozinho em casa, até diverte-se. Ernesto não esquenta, Ernesto não esquenta com nada. Vive evitando atritos com Luana, mas não consegue evitar defender o pequeno Hugo “das garras da mãe”.

Uma das maiores dores de cabeça de Luana é o namoro da filha com o jovem Lima, com quem Luana é quase sempre desconfiada. Isso porque teme que ele não seja o ideal para sua filha. O azar é só dela, porque o casal é indiscutivelmente apaixonado. Mas de onde Luana tirou essa desconfiança toda? Simples: o rapaz vive tentando uma vaga fixa no jornal onde trabalha como estagiário, assim como seu colega e melhor amigo, o Raul. Para isso, muitas vezes trabalha fora de hora por conta própria – inclusive nos finais de semana e feriados, quando na realidade, é dispensado do jornal. Isso tudo para conseguir grandes reportagens. Dado a isso, vive se atrasando para os encontros com a namorada, e por mais que tente explicar, se torna difícil. Mas não seria apenas dizer a verdade sempre? Talvez o fosse, caso ele não se metesse em confusões inacreditáveis em busca de matéria, o que torna, por muitas vezes, a verdade muito mais difícil de acreditar. Mas e aí? Luana não tem razão? Será? Bom, fica a critério de quem assiste, embora eu prefira dizer que ela não tem, me interessa ver esse casal de pombinhos juntos. Por quê? Simples: porque esse namorado nos renderá situações divertidíssimas, sem contar que eles se adoram. Mas ó! O Lima deve ser muito cuidadoso, pois Aninha é muito brava, além de ciumenta. Raul que o diga – já presenciou cada coisa... Mas e, esse amigo de todas as horas? Quem é ele, afinal. Bom, inicialmente, podemos dizer que ele é assunto para o próximo parágrafo.

Raul é uma pessoa tranqüila no tocante às preocupações comuns das pessoas. Se encanta com o mundo infantil – personagens, desenhos, livros, enfim... Eis aí boa parte da explicação de sua afinidade com o velho Berlok. Mas é interessante notar que é um ser extremamente respeitado por sua inteligência. O rapaz sabe dar assunto e, aos demais, sempre pareceu uma pessoa extremamente coerente. Tem uma grande preocupação com Lima, com quem mais convive no dia a dia. Amor? Sim, falam de alguém a quem ele tem, mas nunca se viu ou sabe-se quem é. Mas por mais de uma vez ele foi flagrado fazendo suas investidas em Marly, grande amiga da turma, amizade puxada por Ana Paula. Mas ela não parece lhe dar muita atenção. Vai saber, né? Mas a maior curiosidade a respeito de Raul não permite muitas observações, pois toma quase toda a atenção dos que o conhecem, principalmente a de Lima: vez e outra ele entra num estado neutro em relação ao que o cerca; espécie de transe, fica mudo, distante, olhar imóvel e, quando fala, são palavras diferentes, muitas vezes além do que se espera dele, ainda que puxadas pelo que ele mesmo começara. E é geral: todos percebem essas mudanças, que são sempre positivas. Falam em “retomada do subconsciente” ou coisas assim, mas ninguém sabe ao certo o que é; sabe-se apenas que ele fica assim. Lima o tem como um irmão é realmente o seu melhor amigo, mas não gosta de sua insistência em relação à Berlok. No entanto, na casa do velho bonequeiro, parece que Raul se interioriza ainda mais nesses momentos de “transe”, isso quando não se enturma com os brinquedos do “mago” Berlok. Lima? Não, Lima não presta muita atenção nessas coisas; na verdade, não gosta muito de ir à casa de Berlok e o acha um inventor de soluções impossíveis. É o Lima, esse é ele. Mas Raul sabe levar tudo isso muito bem e, é tão difícil imaginá-los separados o quanto é imaginar o mesmo com Ana e Lima.

Muitas vezes a gente acaba engolindo as coisas por simples tolerância. Em relação à rigidez do vizinho Adamastor não é exatamente assim. A família procura evitar confusão com ele por vários motivos, mas o principal é que ele tem certos “aliados”, ainda que contra a vontade dos próprios. Acontece que o velho ranzinza é um militar aposentado. Parece que foi sargento ou coronel, coisa assim, na época ajudou alguns garotos novatos na farda, o que lhe rendeu amizades extensas. Dado a essas circunstâncias, esses antigos garotos, hoje nomes importantes no quartel, acreditam-se numa dívida de terna gratidão com ele. Esses “antigos amigos” têm contatos com a polícia local, o que deixa Adamastor à vontade para “chamar a polícia” para os vizinhos para qualquer tipo de incômodo. Os policiais, evidentemente não gostam disso, assim como não gostam dele também, mas acabam cumprindo os caprichos do velho. Eles ironizam, riem, brincam, soltam indiretas, mas acabam indo, apenas para evitar problemas com os seus superiores, que não querem problemas com os militares do quartel. É verdade que na nossa turma não tem um “homem do mal”. Mas quando se tem um personagem chato assim, ranzinza, que só traz a “política correta” nas aparências, que joga lixo no chão, que trata mal a todos, que é desatencioso para com o próximo, que não suporta criança... Que conto ou lugar precisa de vilão?

Claro que, como em tudo há antítese (seria delas o mundo?), o universo dos nossos personagens também apresenta a sua (ou as suas). E se de um lado temos o velho Adamastor e o seu mau-humor eterno, do outro temos um personagem não menos intrigante, mas felizmente por outro lado; é claro que estou falando do artista solitário, do bonequeiro, do velho Berlok, também conhecido como “o amigo das crianças”. O nosso simpático trabalhador do bem também é aposentado, e não se sabe exatamente o que ele fazia – isso porque fez muitas coisas, não trabalhou décadas numa só coisa, como o nosso conhecido Adamastor. Uma coisa todos sabem: mexeu muito com arte, com produções, com invenções, enfim. Mas o ponto principal para nós é em quem ele se transformou. Sempre bem humorado e alegre, Berlok parece ter “a fórmula da felicidade”. Não importa a circunstância, mas sempre tem uma palavra positiva para os adultos que o procuram – na verdade, poucos. Para as crianças, sempre um brinquedo – educativo, claro – , uma brincadeira, uma mensagem legal de fraternidade, de Amor, de luz. Da mesma forma que se contam muitas histórias sobre Adamastor, confundindo realidade e boatos, o mesmo se dá com o velho Berlok, provavelmente pelos dois morarem sem ninguém, o que desperta certo ar de mistério para os nossos curiosos personagens. Porém, não se costuma falar mal do bonequeiro. Geralmente, quando não se fala bem, se é neutro com ele, ou diz que ele não tem o que fazer, não é esperto (pelo fato de saber fazer tão bem o que se propõe e não viver disso, não fazer fortuna). Mas há um dado curioso que gera certa interrogação na mente das pessoas – até mesmo das mais distantes dele: há quem diga que ele fala sozinho. Sozinho? Sei lá, dizem uns que com os brinquedos, dizem outros que sozinho, dizem outros que com fantasmas... A palavra dele, na verdade, é que tem como amigos gnomos, duendes, personagens infantis. O mais conhecido ou falado de todos eles é, sem dúvida, a sua fada madrinha, uma pequena garotinha que lhe aparece em trajes de fada, com asinhas, varinha mágica e tudo. Ele diz que trabalha em conjunto com ela e com as crianças. Mas o que as crianças fazem pra ele? Segundo, ele doam a energia necessária para magia que os seus brinquedos devem proporcionar. Uma pessoa muito próxima dele, e um tanto distante também, é alguém de quem ele fala bastante: Eufrásio, um ambulante que vende brinquedos de todo tipo, inclusive os de Berlok. Pelo que se fala, se alguém realmente ganha alguma coisa com isso é o próprio Eufrásio, pois Berlok não dá atenção a essas coisas. Mas segundo o bonequeiro, quem ganha mesmo é a criança que recebe o brinquedo. Berlok acredita no que chama de “grande poder dos pequenos”.

A casa do bonequeiro fica em seu pequeno sitio um pouco afastado da Vila das Cores. Uma região de muito verde, cheia de sítios, chácaras, estradas de terra... Dá-se o nome da localidade de Fonte Viva, por ser um ambiente mais natural que a cidade e a vila. Berlok chama o seu pequeno sitio de “Vale Encantado” e, sua casa é uma casa normal e pequena – na parte de cima. Porque embaixo, há um mesmo tanto ou mais, onde ele monta seu ateliê, cheio de brinquedos, baús, pinturas infantis, mesas de trabalho, estantes repletas de material para confeccionar bonecos e cenários, ao som de canções infantis também. Mas subindo a escadinha colorida, a sua casa também não é lá tão normal. Parece casa de personagem de gibi ou televisão: cada parede é de uma cor, a frente dela lembra a casa do Donald e, segundo observam à distância, os ângulos não são perfeitamente no esquadro. Berlok não costuma sair de casa, mas quando o faz é uma festa para os que o vêm. Seu carro é colorido e todo engraçado, modificado, difícil se especificar o modelo. As crianças correm atrás dele, alegres, os adultos sorriem curiosos. Ele? Sorri para todos. Para a Vila das Cores, por exemplo, quando vai é uma festa para os moradores, pois, passa de dois a três meses sem aparecer por lá. Quanto a um possível encontro, ainda que sem querer, entre ele e o velho Adamastor... Não me lembro de nenhum episódio que traga essa cena, também, é tão improvável! Ou não?



PROJETO GRUNI-HÚ NA TV

A Primeira Palavra.

GRUNI-HÙ é o nome de um personagem da TV, um seriado que é o programa preferido do pequeno Hugo, figura central do nosso seriado. Trata-se de um homem das cavernas. Mas homem das cavernas daquele jeito que aparece nos desenhos animados: com civilização, entre os dinossauros e tudo. Daí temos exemplos clássicos, como: Horácio (Maurício de Souza), Os Flintstones (Hanna-Barbara) e o próprio Brucutu (Vincent T. Hamlin).

Gruni-Hú, claro, tem sua turma própria na TV; os personagens pré-históricos que são seus amigos – e que não tem nada a ver com Hugo e sua turma. Não é o ponto que tocamos inicialmente – apesar de termos um esboço de Gruni-Hú e suas Aventuras para a TV do pequeno Hugo. A família do garoto e as aventuras que desenvolvem é o foco principal do projeto. Mas neste caso, por que o título Gruni-Hú, já que o próprio não é o personagem central e, provavelmente nem o que mais aparece nas histórias? Resposta simples, que será apresentada nas próximas páginas. Por agora, nos ocupemos em mostrar as areias que constituem o primeiro bloco deste belo edifício.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

OS PERSONAGENS


HUGO – O PEQUENO GRANDE HERÓI.

Hugo é um garotinho muito esperto, de apenas sete aninhos de idade. Muito divertido e “elétrico” , é dessas crianças que não pára, vive a buscar aventuras para se divertir. Uma das suas características principais, é que ele fã incondicional do Gruni-Hú da TV. Hugo movimenta toda uma energia que influencia sua casa e todos que o rodeiam, cheio de “poderes mágicos” e não tem a menor idéia disso. Ama a todos em casa, mas tem uma identificação especial com o pai, que por muitas vezes embarca em suas peraltices. É verdade que o pequeno muitas vezes faz birra, e provoca desentendimento entre seus pais, que tem opiniões diferentes acerca de como educar a criança; mas afinal, é uma criança, isso é problema deles. Mas daí tiraremos muitas lições, e não ficaremos sem muita diversão também.


ERNESTO E LUANA – OS PAIS DE HUGO.

Ernesto sempre foi um pai brincalhão, coruja, daqueles que “obedecem” aos filhos. Quando resolve brincar mesmo com o menino, Luana costuma dizer que nunca sabe qual dos dois é a criança. Porém, quando ele não está com o menino, está sempre se queixando de cansaço, procurando escapar de qualquer trabalhinho doméstico. Trabalha como garçom de um considerável centro empresarial. Trabalho que, segundo ele, exige certo pique e tira o Animo pra qualquer outra coisa. Mas esse mesmo ânimo é retomado quando ele é solicitado com urgência pelo pequeno garoto (um dos poderes mágicos de Hugo). Contudo, Ernesto é do tipo tranqüilo, que faz tudo para evitar uma confusão. Quase sempre está apoiando Hugo nos atritos que o pequeno tem com a mãe, e não costuma reprimi-lo, dando um jeito de evitar que a mãe também o faça, o que a irrita mais ainda. Luana é uma mãe pouco paciente e, uma pessoa não muito tranqüila. Mas tivesse isso a ver com o coração, e ela não teria o que tem. Impaciente sim, assume. Mas conforme vive repetindo a todos (principalmente a Ernesto), ficassem tanto tempo com Hugo o quanto ela fica, e veriam a paciência lhes escapar. Mulher muito agitada, Luana é daquelas que tenta “abraçar o mundo com as mãos”, como se achasse que o dia tem quarenta horas ao invés de vinte quatro. Porém, dentre toda essa agitação, ela consegue mostrar-se devidamente cuidadosa, dedicada e muito carinhosa. É verdade que, às vezes incompreensiva. Mas e daí? Ernesto também o é. A verdade é que, ao contrário de Ernesto, a maior preocupação de Luana é feminina e tem nome: Ana Paula. A jovem irmã do pequeno Hugo está em plena adolescência e, Luana entende que essa é uma fase muito delicada, que merece atenção especial. Nesse pensamento, por muitas vezes, submissa Às vontades da filha, o que (de acordo com o seu modo de pensar) é uma maneira de evitar que ela se torne uma jovem rebelde, e que chame seus pais de ultrapassados. Mas o maior medo de Luana é o desequilíbrio da família, família que ela ama muito e, claro, pela qual também é muito amada.


ANA PAULA – A IRMÃ DE HUGO.

Tão bonita o quanto vaidosa, tão vaidosa quanto mimada. Da mãe, herdou o gênio forte; do pai, certa ingenuidade e grande capacidade de sonhar. Ana Paula é a única irmã de Hugo, fechando assim o quarteto. Fã de galãs de novela, Ana Paula é uma jovem criativa e inteligente, que anda longe de representar todo o perigo que Luana teme. Sua mãe é exagerada e ultrapassada, pensa a menina. Mas Ana, ou aninha – como é mais chamada – não se vê uma adolescente, ou pelo menos não gosta de ser tratada como tal. Faz questão de dizer que está iniciante a fase adulta. Contradição com o seu pai, que adoraria reviver a infância. Mas Ana ainda não é independente como sonha, pois apesar de trabalhar trinta horas por semana, como recepcionista num pequeno consultório médico, a quantia que ganha é simbólica, garantindo apenas as despesas com a escola (que é pública) e com algumas coisinhas suas. Uma de suas maiores “dores de cabeça” é o namorado, Lima, pelo qual é perdidamente apaixonada – apesar de seu relacionamento com ele não ser dos melhores. Mas o que ela não gosta mesmo é quando tem que ficar em casa tomando conta do seu irmãozinho. Ora, ela tem mais o que fazer! Mas a verdade é que essa garota complicada e apaixonada, também ama muito a sua família e, claro, por ela é muito amada também.


LIMA E RAUL – A NOVA DUPLA DINÂMICA.

Dois amigos inseparáveis que estudam e trabalham juntos. Estagiários num jornal, essa dupla de repórteres se mete nas mais inacreditáveis confusões, em nome de excelentes reportagens que, por muitas vezes são furos (nome que os jornalistas dão às notícias de primeira mão). São uma verdadeira forma humana de antítese, ou seja, um é o oposto do outro em quase tudo. Nesse “quase” tudo, claro, inclui-se o fato de serem repórteres. Lima é o referido namorado da jovem Ana Paula. Lima é muito profissional, e adora o que faz (Raul também), muito inteligente (Raul também) e apaixonado (Raul também). Contudo, é aí que Lima se complica todo: tendo que dividir seu tempo com estudo, trabalho e namoro, muitas vezes ele dança. Raul, embora seja muito inteligente também, muito estudioso e tenha seu compromisso amoroso, é realmente o contrário do amigo Lima. Ele quase nunca tem compromissos no namoro (Lima tem), não é muito acessível (Lima é), não pensa muito antes de agir (Lima pensa e repensa). Raul tem medo de embarcar nas confusões que o amigo acaba o levando (Lima não). Raul é mais cauteloso e atencioso (Lima é desastrado e distraído). Raul torce pra um time de futebol, principal rival do time do amigo. Raul é mais emotivo e sonhador, Lima mais objetivo e menos abstrato. Lima adora contos policiais e filmes de ação, Raul ama HQs e desenhos animados, e por aí vai. Isso confere a Raul uma certa sensibilidade que o amigo não possui; sensibilidade esta que o liga a fatos “inexplicáveis” como, por exemplo, a sensação da presença da Fada Luz (que será apresentada logo a frente).


GRUNI-HÚ – O HERÓI DO GÂNDI.

Mas aqui ele não é o herói da terra de Gândi, como na TV, mas sim o brinquedo de Hugo, construído pelo velho Berlok – e que ganha vida. Parece estranha a história, e seria, caso não houvesse alguns detalhes. Mas a personalidade de Gruni na casa do Hugo é a mesmo do Gruni do programa da TV, com a diferença de que ele não domina a linguagem atual, quando em Dândi ele conversa muito com seus compatriotas. Ninguém sabe da “existência real” do Gruni-Hú, apesar de haver uma desconfiança enorme e atenta da parte do velho Adamastor. Mas há um detalhe: quando o Gruni-Hú é real, o brinquedo do pequeno Hugo não existe, ao passo que, quando o brinquedo está nas mãos do pequeno, o Gruni-Hú de verdade não dá as caras. Claro que aí tem dedo da fada, que visita Hugo constantemente, assim como tem o de Berlok também; mas o principal para o acontecimento dos fatos é, sem dúvida, o pequeno Hugo.


FADA LUZ – A MADRINHA DO BERLOK.

Curiosamente, trata-se de uma criança. Uma linda menina que aparenta lá seus oito anos. Veste-se mesmo como uma fada, e é vista com freqüência pelo velho Berlok. Há quem diga que é alucinação sua, há que diga que pode ser um anjo. Algumas crianças dizem já tê-la visto. O pequeno Hugo a vê com freqüência, Raul a pressente, enfim... Há muito que dizer da relação dela com nossos personagens. É uma menina muito boazinha, que zela pela alegria e evolução das crianças. Trabalha sempre m conjunto com o velho Berlok e o elucida em seus momentos mais difíceis. Está constantemente nas páginas do “Diário Mágico” do amigo Berlok, inclusive, lá são relatados vários de seus feitos, e algumas de suas palavras.


BERLOK – O AMIGO DAS CRIANÇAS.

O velho Berlok é um bonequeiro muito simpático, que vive sozinho em seu sítio, próximo ao bairro em que Hugo mora. Contam-se muitas histórias sobre ele; no entanto, a mais famosa é de que ele é um bonequeiro mágico, que brinquedos seus podem ganhar vida, e que toda a sua preocupação é com as crianças. Sua casa lembra a casa dos personagens de desenho animado. Ele está sempre com um sorriso no rosto. Mora sozinho, produz seus brinquedos – que são extremamente educativos – e costuma receber a visita de crianças, ou de adultos queiram resolver coisas relacionadas às crianças. Tem um livro especial, o qual chama de “Diário Mágico”, que chama muito a atenção dos poucos que tem conhecimento de sua existência. Dizem que conversa com uma fada, a qual ele chama de fada madrinha, de nome Luz. As crianças crêem piamente nisso, já os adultos... muitos o tem por louco, ou alienado, ou “velho que não tem mais o que fazer”. Berlok é aposentado e não liga muito pra questão financeira.


SEU ADAMASTOR – O VIZINHO RANZINA.

Substituindo o vilão dos contos infantis, o Seu Adamastor é aquele tiozinho chato, ranzinza, e que não gosta de crianças. É o vizinho da família Pompéia, a família do pequeno Hugo. Mora sozinho e adora ver TV – mas ninguém sabe exatamente o tipo de programa que prefere. Não costuma sair de casa, não fala com ninguém, quase não vai ao mercado, dorme muito. Está sempre de mau-humor, rasga todas as bolas que caem no seu quintal e detesta ser incomodado. Se diz homem politicamente correto, gosta de política e sempre acha que todos agem mal, menos ele.

INTRODUÇÃO AO PROJETO TELEVISIVO

GRUNI-HÚ não nasceu da idéia de um seriado de TV, mas com ela cresceu e tomou a sua melhor forma. Hoje, a equipe que faz parte do que se tornou esse trabalho consegue enxergar de verdade tudo o que o compõe. Os personagens são vivos em nossas mentes, em nossas vidas. Faz parte do nosso dia-a-dia há mais de dez anos. Essa introdução tem a função de explicar o que tornou isso possível.

Sou dramaturgo, ator e diretor teatral. Juntamente com alguns amigos, fundei o Grupo de Exercícios Teatrais ELOS PARALELOS, há pouco mais de três anos. Desde a formação do grupo anterior, com poucas mudanças no elenco, trabalhamos com o espetáculo infantil Gruni-Hú, Uma Comédia Infantil para Adultos. Porém, com o Elos Paralelos, estamos na terceira versão do texto, e temos o Gruni-Hú como o nosso trabalho principal, foco central das nossas realizações. E por quê? O presente projeto é um dos motivos, mais que especiais, que nos fizeram abrir o coração para essa idéia que brotou no final dos anos noventa.

As bases para consolidar um projeto para um seriado de TV, sabemos, são muitas, e estamos as constituindo cada vez mais. Um imenso material de texto já está sendo produzido há alguns meses, o que resultou em vinte episódios perfeitamente harmonizados entre si, com coerência no que diz respeito à formação dos personagens, sua geografia, situações que não se contradizem e, claro, o conceito principal da mensagem plasmada em cada cena.

Fã de seriados de TV, apesar de ficar contente com sucessos como Chaves, por exemplo, me inquieta perceber que os seriados infantis da TV brasileira limitam-se – em sua esmagadora maioria – a produções estrangeiras. A identidade nacional hoje no campo infantil é algo que realmente falta na nossa TV, algo nosso, capaz de traduzir um presente bem mais próximo do nosso, no qual as crianças se identifiquem e aprendam, além, claro, de se divertirem muito.

É chegada a hora de mais uma turma, de novos personagens e novos cenários, pois as aventuras também são novíssimas. GRUNI-HÚ se candidata a preencher esse espaço, vem para provocar a mente da criança num desafio divertido, diferente; despertar-lhe o gosto pela cultura, pela sociedade, pelo mundo.

Agora, apresentarei o que é esse universo novo, assim como os personagens que o compõe, e convido você a esquecer um pouco a vida além dessas páginas e se entregar ao sonho e a meta de uma equipe inteira, que torce pela sua cooperação, pela sua contribuição mais sincera para que possamos viabilizar o projeto para o seu destino o quanto antes, a fim de somar nessa engrenagem maravilhosa e perfeita que é a evolução da vida, das artes e do mundo.

GRUNI-HÚ, A NOSSA MAIOR APOSTA

Projeto

GRUNI-HÚ

Na Tv

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

SERIA pouco original dizer que estamos em tempos de inovação, afinal, o presente é sempre tempo de inovação, assim como foi o passado e será o futuro. Mas não é fatigante repetir que o presente é o melhor momento da História, pois nele concentra-se todo o nosso poder de condução do mundo e das coisas que o compõe. É aqui que traçamos o futuro, é agora. E dessa definição de rumos não escapa nenhuma das faculdades do homem, assim como nenhuma construção nascida dessas faculdades. E antes de falarmos de TV, é importante falarmos de pessoas, de seres pensantes que evoluem junto com tudo o que os cercam; que, aliás, contribui para a evolução dessas coisas.

O projeto que o (a) senhor (a) lê nesse momento foi fundado nos conceitos acima, o qual sustenta-o como uma base, e fala de um momento especial da evolução das pessoas: sua infância. Momento de extrema expectativa, total absorção. Quando as informações se aglomeram, muitas vezes de forma inadvertida, condensando conceitos e condições futuras nos adultos de amanhã.

Falar às crianças é um desafio que exige cautela e sensatez, exigências que as mudanças fazem. O mundo não é mais o mesmo de quarenta anos atrás quando a maioria dos desenhos animados de hoje foram criados, assim como as crianças também não são as mesmas. O público está mais apurado, e seguramente apenas aguarda as mudanças que a mídia ainda não operou por, infelizmente, não levar ainda essas mudanças a sério. Não acredito que eu possa mudar isso. Apenas faço questão de contribuir para essas mudanças. Essa é a idéia principal do projeto que se seguirá nas próximas páginas. A idéia de desmembrar a nova criança, que está aí, pronta para os novos contos, os novos personagens, os novos programas. Porque também as crianças sentem a necessidade de se identificarem com aquilo que vêem; e o mundo está cheio de coisas pra ensinar, de coisas novas – ou que pelo menos são para nós. Valores como o meio ambiente, a cidadania, a sustentabilidade, o Amor ao próximo e à coletividade, a formação de um ser do bem. O projeto GRUNI-HÚ NA TV visa tudo isso, com o compromisso de divertir, informar e entreter de forma sadia e responsável, pesando cada detalhe, cada palavra, cada momento, cada idéia exposta.


segunda-feira, 7 de abril de 2008

UM ESPETÁCULO TEATRAL?

SIM, como ponto inicial, um espetáculo teatral. Talvez seja justo dizer que, hoje, o melhor retrato de Gruni-Hú está aí, na peça de teatro. No entanto, apenas um ponto de partida. A peça teatral mantém o projeto vivo, é sua veia pulsante, sua vitrine. É ali a fonte inicial das aventuras posteriormente escritas. A montagem abrange hoje cerca de 80 minutos de espetáculo, num festival de cores e bom humor, com aquela mensagem especial que não pode faltar. Tudo surgiu dali, mesmo considerando o fato do texto estar – mais ou menos – na sua quinta versão. Com exceção do primeiro (o original), lá dos anos noventa, todas as outras mudanças foram mais circunstanciais, de acordo com as mudanças da formação do grupo do que mesmo da idéia. Mas o interessante é que essas mudanças foram cruciais no momento, e depois se fundamentaram muito significativas para a continuidade do projeto. Vieram novos personagens, o que transformou algumas ações, e adicionou-se novas cenas, o que nos fez excluir algumas. Trabalho. Um trabalho prazeroso de se executar. Disso tudo, resultou a sinopse atual, a qual procura mostrar a condensação de energia positiva que mantém o conceito do trabalho.

Penso seriamente m publicar o texto aqui, para melhor poder escrever sobre ele no blog. No entanto, ainda não é o momento. Estamos finalizando os ensaios e, dentro de uma semana teremos novas fotografias, o que me ilustrará mais o trabalho de lhes falar sobre o nosso projeto principal em relação ao Gruni-Hú. As fotos atuais de cada personagem me ajudarão a dizer sobre eles, o que tornará tudo mais divertido de se ver. E então, falaremos do nosso alvo principal, para então espalhar todos os motivos e razões que nos fazem crer no sucesso dessa busca, na conquista desse especa tão almejado. Desfilados os personagens aqui a quem possa interessar, desfilaremos tudo o que gira ao redor deles. Nos acompanhe, e mergulhe nesse mundo novo, no qual acreditamos, e temos esse trabalho como uma contribuição modesta para os novos tempos.